Novidades > Corporativo
São Paulo, julho de 2025
Por Ricardo Amaral
A
indústria naval está em plena transição. O setor, historicamente associado à
robustez e à força da engenharia
tradicional, vive hoje uma transformação impulsionada pela digitalização, pela
automação e pela necessidade crescente de sustentabilidade. Neste
contexto, a conectividade emerge como um pilar estratégico dessa nova era da
navegação inteligente.
O mercado naval mundial movimenta trilhões de dólares anualmente e é responsável por cerca de 90% do comércio global de mercadorias. No Brasil, a indústria naval representa um vetor estratégico para a soberania, logística e desenvolvimento econômico. Apesar dos desafios enfrentados nas últimas décadas, há sinais claros de retomada. O crescimento da cabotagem, os investimentos em infraestrutura portuária, os novos marcos regulatórios e o avanço da indústria offshore impulsionam a necessidade de inovação tecnológica no setor.
A digitalização das operações marítimas não é mais tendência: é realidade. Monitoramento remoto de embarcações, integração de sensores, manutenção preditiva, automação de rotas e sistemas de segurança digital passaram a compor o dia a dia de armadores, operadores e autoridades marítimas. Para isso, no entanto, é essencial contar com conectividade estável, segura e acessível, inclusive em regiões remotas ou de difícil acesso.
É neste cenário que a atuação de fornecedores de conectividade confiável se torna ainda mais relevante com o provimento de tecnologias que viabilizam o funcionamento de embarcações conectadas, portos inteligentes e sistemas de gestão remota. As soluções vão além da conexão, elas integram comunicação crítica, transmissão de dados de sensores, plataformas de rastreamento e suporte a aplicações embarcadas de alto desempenho.
Alguns dos destaques das soluções específicas para o ecossistema marítimo são:
· Soluções VSAT Marítimas: conectividade dedicada para embarcações comerciais, plataformas offshore e navios de apoio logístico.
· Redes Privativas LTE e 5G: cobertura dedicada para terminais portuários, estaleiros e áreas de apoio logístico com alta demanda de dados e confiabilidade.
· Monitoramento remoto e IoT embarcada: integração de sensores para coleta de dados em tempo real, gestão energética, controle de ativos e segurança operacional.
· Cibersegurança integrada: proteção das comunicações contra ameaças digitais, garantindo integridade e confidencialidade dos dados transmitidos.
· Soluções híbridas (satélite + terrestre): conectividade contínua e inteligente, adaptável ao deslocamento da embarcação ou à infraestrutura portuária disponível.
Essas soluções atendem às demandas de eficiência, segurança e sustentabilidade. Além disso, permitem a adoção de tecnologias emergentes como gêmeos digitais (digital twins), inteligência artificial, realidade aumentada para manutenção e aprendizado remoto para tripulações.
A digitalização do setor naval está diretamente ligada à agenda ESG (ambiental, social e de governança). Com conectividade robusta, é possível reduzir emissões através de rotas otimizadas, identificar falhas operacionais precocemente, economizar combustível e acompanhar o desempenho ambiental das embarcações em tempo real. Além disso, promove-se a inclusão digital de trabalhadores embarcados, melhora-se a comunicação com familiares e facilita-se o acesso a serviços médicos e de suporte psicológico remoto.
A conectividade também é essencial para cumprir normativas internacionais de rastreabilidade, segurança da navegação e controle de emissões especialmente em rotas internacionais e operações offshore.
Ao impulsionar inovação, eficiência e sustentabilidade, o compromisso com a transformação digital é vital para o avanço da indústria naval no Brasil e no mundo. Em um setor que navega por mares desafiadores, a conectividade certa faz toda a diferença.
*Ricardo Amaral é Vice-Presidente de Vendas e Marketing da Hughes do Brasil.
Veja mais: