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São Paulo, agosto de 2025
A inovação está presente
em todos os departamentos da Hughes, transformando a maneira como atuamos e
impactamos a vida dos nossos cliente e assinantes. Por isso, conversamos com
Sabrina Ferrari, a vice-presidente de Jurídico e Regulatório da Hughes do
Brasil, sobre como as iniciativas novas e a curiosidade têm feito parte do dia
a dia do Departamento Jurídico da empresa.
O que significa para você inovação para o departamento jurídico?
Entendo que, falar de inovação é falar principalmente de gente, não só de tecnologia. A tecnologia não avança sem a ação direcionada das pessoas (e continuo acreditando nisso inclusive com a entrada das IA generativas no jogo) e a inovação floresce com a mudança de mentalidade e consequentemente uma mudança de comportamento dessa gente. O resto é consequência. No departamento jurídico não é diferente. Como podemos fazer melhor e de modo diferente? E vocês podem me perguntar ainda “mas por que diferente? Não bastaria ser somente melhor?”, porque nosso público está claramente cansado das antigas entregas. Ele também “se inovou”, está diferente e, para conseguirmos a sua atenção, consequentemente precisamos nos ajustar aos anseios desse novo público: simplicidade, clareza, velocidade e eficiência.
Quais foram as inovações implantadas no departamento jurídico da Hughes do Brasil?
A primeira grande inovação foi implantada no próprio time e no entendimento quanto ao escopo do nosso trabalho. Tivemos que reconfigurar também a perspectiva que a empresa tem sobre o papel do advogado dentro da empresa. Esses são trabalhos contínuos. Hoje, o DJUR da Hughes é visto como área vanguardista, que abraça a inovação em suas ações dentro e fora da empresa.
Como exemplo, iniciamos a jornada por volta de 2010 com a inclusão do DJUR em um sistema que concentrava as demandas e processos em apenas uma ferramenta. Cerca de três anos depois, contratamos uma automatização para leitura eletrônica de publicação do Diário Oficial União, ou seja, tudo que saia em nome do Grupo Hughes no DOU, tínhamos conhecimento online, a ideia era não perder prazo. Em 2017, substituímos o sistema por um que, além dessa leitura eletrônica do DOU, incluía as publicações de todos os Estados, além de servir como uma ferramenta de arcabouço de todas as nossas ações judiciais e administrativas. Em 2019, implantamos a assinatura digital, antes mesmo da pandemia.
Desde 2022, temos inovado na forma como comunicamos nossas políticas, como realizamos nossos treinamentos, tornamos os contratos Hughesnet mais simples e fáceis de serem interpretados, inclusive em um novo formato: em áudio. Rescrevemos nossos contratos com fornecedores e as nossas peças judiciais trazendo as técnicas de legal design para facilitar a compreensão desses documentos. E não é só. Buscamos genuinamente participar da construção, criação dos resultados. Entendemos que temos papel importante.
Automatizamos também certas atividades exigidas pela Anatel, e estamos implementando o Legal Link, que visa automatizar a análise de contratos simples, entregando agilidade e eficiência no trabalho do DJUR.
E ainda há muito por vir para desafogar o colaborador de trabalhos automatizáveis, deixando-o focado no trabalho mais estratégico e com maior valor agregado para a empresa.
Como vê a evolução do papel do departamento jurídico no cenário corporativo atual?
O jurídico está se transformando em uma área estratégica para as empresas. Sim, continuamos sendo apoio, como área que “conhece as regras do jogo”. Antes, éramos vistos como os “meros árbitros” do jogo, Hoje, fazemos parte do time: entramos para jogar, para correr atrás da bola e fazer gol. E por ter essa (nova) qualidade, faz-se necessário um time diversificado, multidisciplinar, que busca, de forma criativa, trazer soluções e ideias novas para os desafios da empresa.
Qual foi o maior desafio ao introduzir essas mudanças para a equipe? E como foi a capacitação da equipe?
O desafio foi encontrar o timing ideal para engajarmos o time certo para trazer essa mudança. Porque é uma forma nova do DJUR se reconhecer, livrar-se das gravatas, do juridiquês, da posição de “árbitro” e se colocar numa posição mais acessível. Há 15 anos, isso ainda era inadmissível para muitos.
Não podemos esquecer da “massificação” da tecnologia. Hoje, existe um número cada vez maior de legaltechs, empresas que buscam automatizar e facilitar as atividades dos advogados. É como se as empresas de “TI” tivessem descoberto o nicho “Legal/Jurídico” e essa explosão de tecnologia tem ido ao encontro dos nossos anseios.
Qual projeto trouxe o feedback mais positivo dos colaboradores? Conte um pouco sobre o feedback.
O projeto que tenho imenso carinho, pois é um projeto que colaboradores de diversas áreas contribuíram e contribuem para a sua realização é o nosso projeto de Legal Design. É nesse projeto que nos deparamos com os problemas da comunicação e buscamos, em conjunto, a melhor forma de fazer a comunicação do informativo jurídico. E isso não se trata tão somente de deixar de lado o “juridiquês”, mas de simplificar a abordagem junto ao judiciário, trazendo modelos visuais em infográficos para explicar o que antes usávamos páginas e páginas da petição.
Na sua opinião, qual é a ferramenta ou tecnologia indispensável para inovação no jurídico?
O colaborador criativo e motivado!
Qual é um erro comum que departamentos jurídicos ainda cometem na comunicação?
Estagnação. Achar que apenas a implementação de uma ferramenta específica e suas atualizações são suficientes. O time precisa estar atualizado, o que significa estar atento ao que acontece dentro e fora da empresa. As vezes demora para juntar a necessidade com a ferramenta disponível no mercado, o importante é não desistir.
Que conselhos daria para outras empresas que querem inovar em seus departamentos jurídicos?
Sejam curiosos.
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